Apenas o necessário


Sem chuva, sem nervosismo. No terceiro teste do ano, viu-se um Atlético empenhado e que muito pressionava a equipe da Veterana, que se fechava e não dava espaços. Os gols foram feitos e o segundo tempo teria tudo para ser mais tranquilo. O Galo “tirou o pé” do acelerador e parecia contente com o resultado. Um placar até certo ponto magro, mas que dava segurança para a equipe jogar com tranquilidade na etapa complementar.

A pressão inicial do Atlético era tida como óbvia. Mas será que a experiente equipe da Caldense seria capaz de suster a pressão? Viu-se um Atlético empenhado, que buscava o gol à todo instante, mas que não conseguia furar o bloqueio dos visitantes e quando obtinha sucesso, não finalizava bem, desperdiçando os ataques. Um gol bem anulado de Berola e o primeiro tempo parecia não ter mais nada à mostrar. Parecia.

Aos 29 minutos, quando ainda insistia o Galo, Escudero caiu pela direita e fez um belo e certeiro cruzamento. Dentro da área, estava o grandalhão Rafael Marques, para balançar as redes e fazer o primeiro gol com a camisa alvinegra.  A torcida, embora não tivesse comparecido em peso, vibrava e esperava que, com o gol, os espaços aparecessem para que o Galo pudesse crescer na partida e então, ampliar o marcador.

Em um apagão da defesa do Atlético, quase quase a boa equipe da Caldense chegou ao empate. Richarlyson não conseguiu chegar e Luisinho ficou frente à frente com Renan Ribeiro. Chutou em cima, mas méritos também ao arqueiro atleticano, que praticava boa defesa. O tempo ia passando e todos já esperavam pelo intervalo. O Atlético poderia vir mudado e então, aí sim, marcar mais gols e garantir uma vitória com mais folga.

Só que antes do fraco juiz apitar o fim da primeira etapa, a torcida alvinegra ainda vibraria com mais um gol. Escudero ia fazendo grande jogada, mas foi parado com falta. Na cobrança, a persistência de Bernard. O garoto cobrou a falta com perfeição e deixou o goleiro da Caldense parado, imóvel. Um sutil toque no travessão e um quique depois da linha fizeram o torcedor comemorar mais uma vez na Arena do Jacaré.

O segundo tempo prometia, já que a Caldense teria de se abrir para que não perdesse o jogo, ou, pelo menos, com um placar menor. O Galo teria espaços nos contra ataques com a velocidade dos seus avançados. Só que não foi isso que se viu. Uma Caldense com dificuldades para chegar, não oferecia perigo. O Atlético, acomodado com o placar, não buscava o ataque e esperava o adversário. Era um segundo tempo fraco.

Uma bola na trave, em cobrança de falta, talvez tivesse sido a chegada mais perigosa dos visitantes, que tiveram, aos 23 minutos, um jogador expulso. Só que esse fato, não mudou a postura alvinegra. Se a intenção era que o jogo tivesse o seu fim, foi concluída com sucesso. O árbitro da partida, fraco, ainda deixaria de marcar um pênalti no sempre presente Escudero, embora o fato não comprometesse a alegria da vitória, outra vez.

Atuações individuais

Renan Ribeiro fora pouco exigido, entretanto, quando necessário, tivesse ido bem. Ricky, marcava bem, mas errava muitos passes. Rafael Marques, melhor em campo, balançou as redes e desarmava com muita eficácia. Já Réver, também bem, ficou só na marcação. Marcos Rocha apoiava muito bem, enquanto Pierre e Leandro Donizete faziam bem seus papéis. Fillipe Soutto entrou e deu qualidade ao time. Bernard, embora um pouco sumido, fizera boas jogadas, incluindo o belo gol. Escudero não rendeu tanto, mas era sempre presente. Berola foi muito mal e não foi capaz de criar. Mancini, esforçado, fazia bom jogo. André não ia bem e Guilherme se esforçou.

Classificação, gols e jogos; Campeonato Mineiro 2012

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