A Força do Passado – Toninho Cerezo


O maestro do meio campo alvinegro, fizera parte de um dos mais avassaladores ataques que essa torcida já viu. Ao lado de Reinaldo, Cerezo escreveu seu nome na história do Clube Atlético Mineiro e em negrito. Com uma incrível marca de 400 jogos vestindo o manto sagrado, Cerezo não foi apenas mais um jogador que passou por aqui. Foi um craque, daqueles que se levanta para ver e mais, foi um exemplo de jogador, tal o apelido de o “Capitão da Paz”. Em suas passagens pelo Galo, Toninho conquistou nada mais nada menos que 9 títulos estaduais e ganhou fama internacional, com seu jeito de jogar.

Cerezo chegou ao Galo por meio dos conhecidos olheiros. Até então, trabalha no circo, ajudando sua família. Com 17 anos, jogou pelo time Júnior e foi emprestado, voltando ao Galo em 1974, para então, começar a conquistar a massa, jogando pelo profissional. Uma marca que hoje não se vê mais no futebol brasileiro; Cerezo ficou por aqui, durante 9 anos consecutivos e grandes feitos propiciou ao torcedor alvinegro.

Dois anos após estrear, Toninho daria a primeira alegria à massa. Conquistando o Mineiro de 1976, como herói, acabando com uma hegemonia do outro lado da lagoa. Com Reinaldo em campo, intimidava qualquer adversário. Era sempre certeza de espetáculo. Somando-se dois anos, viria mais um título à ser colecionado, o estadual de 1978. Cerezo era irreverente, era craque, tinha uma qualidade inigualável.

Um ano antes, em 77, Cerezo viria a ser vice campeão Brasileiro com o Atlético. Com um futebol invejável, foi chamado à seleção brasileira no mesmo ano, em 1978. Em 1979, outro mineiro e o jogador já era tido como uma das peças mais importantes do elenco, se não a principal. Era conhecido pelo Brasil afora e uma suposta “crise” de estrelismo foi atribuída à ele. Só que Cerezo sempre buscava a perfeição e se esforçava para tal feito.

Em 80 e 81 e 82, viria a completar a sequência de cinco títulos mineiro consecutivos. No meio deles, em 81, esteve presente no maior roubo que o futebol brasileiro já viu, diante do Flamengo, viu Reinaldo, Éder, Chicão e Palinha serem expulsos inexplicavelmente. Era só o começo de um eterno favorecimento ao rubro negro. Em 1982, voltaria à ser convocado para defender a amarelinha, chamado por Telê Santana.

Em 1983, porém, o jogador resolveu apostar no futebol internacional. Em 9 anos, teve passagem por dois clubes da Itália, a Roma e o Sampdoria. Conquistou 5 Copas da Itália, um Campeonato Italiano e uma Supercopa, além de ter sido vice campeão da UEFA Champions League. Era dono de uma qualidade surpreendente. Já havia escrito a sua história no Atlético, mas voltaria, já que todo grande ídolo, merece uma grande despedida.

Além dos títulos com o coletivo, “O Maestro” ainda conquistou duas Bolas de Ouro da Revista Placar e três de prata. Em 96/97 estava de volta ao Galo, para então, se despedir do futebol. Só que ainda viria um título, o de Campeão da Copa Centenário de BH, em 97. Na grande despedida, o Galo empatou em 2×2 com o Milan, no Mineirão. Hoje, treinador, já comandou o alvinegro em 99 e, quem sabe, possa vir a conquistar mais títulos…

3 respostas em “A Força do Passado – Toninho Cerezo

  1. Queria que os jogadores do GALÃO hoje em dia, jogasse com RAÇA, AMOR AO MANTO SAGRADO, HONRA E GLÓRIA, que nem esses jogadores do passado fazia, eles nao importavam com salários altos, mas jogavam apenas, porque honravam o manto que vestia…
    CEREZO, JOÃO LEITE, DÁRIO ( DADÁ MARAVILHA ), REINALDO, “GRANDES E ETERNOS” ÍDOLOS DO PASSADO E FUTURO DO NOSSO GLORIOSO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO.
    ´PRA SEMPRE GALÔÔÔÔ! @KevinYasutura

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